"No dia 1º de janeiro de 1994, o mundo foi surpreendido por um levante popular no Estado mais pobre do México, no sul do paÃs: Chiapas, cuja população é majoritariamente indÃgena e camponesa. (...).A revolta indÃgena em Chiapas tornou-se expressão da resistência à polÃtica que elevou o desemprego urbano a 29,5% da população ativa; e a dÃvida externa a U$ 175 bilhões, a maior do mundo. Diz o Sub-comandante Marcos, um dos lÃderes do Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN): "0 detonador em Chiapas foi a falta de terra.".... "Queremos que haja uma mudança. Querermos que haja uma revolução, uma vida nova, uma sociedade sem tanta injustiça."... "Nós zapatÃstas nos vemos como um sintoma de algo maior e mais geral que está acontecendo em todos os continentes, onde muitos dizem ou gostariam de dizer: basta!"; "já não aceitamos este mundo, queremos outro melhor, onde cada um possa ser feliz e que isso não implique na infelicidade do outro" (Calendário Histórico dos Trabalhadores. São Paulo: MST, Setor de Educação. 3a. edição, 1999, p. 15-16). |