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As Imagens e as Vozes da Despossessão: A Luta pela Terra e a Cultura Emergente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)

Língua:

Português (change language to English)

Esta página:

Cultura emergente por categorias -> Assentamentos: Cooperativas e produção 22 recursos (Categorias culturais produzidas por & © Else R P Vieira)

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Este recurso se encontra também em:

Filmes
Assentamentos: Agrovilas

Autor:

MST de São Paulo
(Editor do arquivo: Else R P Vieira. Reprodução autorizda pelo MST de São Paulo.)

Título:

O Futuro da Terra

 

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1. "A estratégia de pressão política do Movimento dos Sem Terra é reunir famílias de agricultores em acampamentos à beira de estradas.
Com os moradores do Assentamenro 30 de Maio não foi diferente. Vivendo em más condições e acompanhadas de suas crianças pequenas, essas famílias passaram em média 3 anos acampadas à beira de várias estradas e mais 2 anos no próprio assentamento, antes de construítrem suas casas.
Foi um período difícil que permanece vivo ma memória de todos. "

2. "Eu não tenho boas lembranças do acampamento. Me traz a fome que eu passei, tinha doença.
Mas eu acho que valeu a pena porque hoje a gente está aqui. Tem a terra da gente, está estudando, a gente pode pensar no futuro. Eu acho que se eu precisasse de ir acampar, eu aho que eu acamparia de novo para conseguir o que meu pai conseguiu e minha mãe.
Este é o pátio da Escola Estadual de Itapuí, no Rio Grande do Sul, onde, por iniciativa dos próprios alunos, é mantida viva a memória dos acampamentos.
Esta escola é diferente das outras porque ela é uma escola de assentamento.Então, como símbolo desse assentamento, gente faz todo mês de outubro um acampamento no campo da nossa escola.

Ao receberem seus lotes as famílias sem-terra passam a ter uma terra para plantar mas isso não foi o fim dos tempos difíceis."

3. "Charqueadas, Rio Grande do Sul.
Este é o Assentamento 30 de Maio.
Esta área de 850 hectares estava destinada a ser Colônia Penal Agrícola, mas em 1990, 49 famílias de agricultores sem-terra foram assentadas nela.
Estas famílias enfrentaram as dificuldades iniciais formando uma cooperativa de produção.
Não demaracaram os lotes. Em vez disso, passaram a trabalhar a terra de forma coletiva. Depois dos primeiros dois anos vivendo em barracos, sem água, sem luz, podem hoje orgulhar-se das excepcionais condições de vida que alcançaram, o que fica evidente quando vemos as crianças do assentamento. As maiores estudam até completar o 2º grau; as menores podem brincar à vontade."

4. "Todos os dias, os encarregados dos grupos de trabalho se reúnem para planejar o dia seguinte, coordenados pela Secretaria Geral. Existe o grupo da horta, dos suínos, o do leite e assim por diante.
Após o café-da-manhã, cada grupo dirige para sua área para realizar as tarefas do dia."

5. "Todo ano as famílias assentadas de Charqueadas produzem 255 mil litros de leite, 530 toneladas de arroz, 120 toneladas de milho, além de verduras, ovos e mel. Em média, o assentamento responde por quase toda a produção agrícola e pecuária do município.
Hoje, em vista da demanda, os assentados estão construindo seu próprio mercado onde vão comercializar diretamente os produtos do assentamento."

6. "De acordo com o INCRA, já foram distribuídos 4.870.000 hectares divididos entre 159.770 familías de agricultores sem-terra. Ainda existem 520 milhões de hectares de terra passíveis de apropriação para fins de reforma agrária. As experiências bem sucedidas de Charqueadas e Itapuí mostra do que homens e mulheres são capazes quando têm a oportunidade de trabalhar a terra, produzir alimentos e cuidar do futuro com as próprias mãos. Para as crianças dessas famílias os tempos de privação terminaram."

O Futuro da Terra
Este filme mostra o sistema de organização social e do trabalho dos assentamentos de Reforma Agrária, mais especificamente os Assentamentos de Charqueadas e Itapuí, no estado do Rio Grande do Sul.
Em flashback montado a partir de trabalhos do internacionalmente conhecido fotógrafo Sebastião Salgado, fotos dramáticas, em branco e preto, desnudam o pesadelo do cotidiano dos Sem Terra nos acampamentos, contruídos à beira das estradas como estratégia de pressão política. As antigas fotografias encenam memórias que não se esvaem, como no depoimento de uma criança sobre a experiência de fome e doença. A fogueira acesa numa escola todos os anos no mês de outubro rememora o acampamento enquanto símbolo da luta pela terra.
Já nos acampamentos, algunas das dificuldades permanecem nos períodos iniciais quando os Sem Terra já receberam a terra mas não construíram ainda as suas casas. A organização coletiva da produção e do trabalho, a construção de escolas resultam em qualidades relativamente excepcionais de vida e uma significativa. produção agrícola e pecuária. Novas etapas incluem o estabelecimemto de canais de comunicação com as cidades próximas ao acampamento, visando também ao escoamento da produção.
Após a demonstração dos vários componentes da vida nos assentamentos, seguidos de uma série de depoimentos contendo percepções e vivências pessoais, sobretudo de crianças, o filme conclui com a estatística da terra ainda passível de ser desapropriada para que os benefícios da Reforma Agrária e dos assentamentos possam atingir muitos cidadãos, como no bem-sucedido exemplo de Charqueadas e Itapuí.
O filme foi produzido a partir de pesquisa de Sinara Sandri, em 1987, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, sob a direção de Werner Schünemann, com o apoio de diversas entidades e sindicatos, como o dos Engenheiros, e da CUT (Central Única dos Trabalhadores).

Filmes : Filmes

Data:

novembro de 2002

Recurso ID:

FUTUREOF153

		À Universidade da página bem-vinda de Nottingham

Vozes Sem Terra, site hospedado pela
School of Languages, Linguistics and Film
Queen Mary University Of London, Grã-Bretanha

Coordenadora do Projeto e Organizadora do Arquivo: Else R P Vieira
Produtor do Web site: John Walsh
Arquivo criado em janeiro de 2003
Última atualização: 07 / 05 / 2016

www.landless-voices.org