As mãos abertas de uma mulher Pedem um aceno de vida
Desafiam a gravidade do cruel
Põem nome no filho
E nas belezas
Os olhos vivos
Quase artesanais de uma mulher...
Põem luz nas bandeiras
Caçam uma pátria de terra
Por entre as tristezas anunciadas
E o primeiro arado
Os pés alvos de uma mulher
Conduzem a profundidade da cova
Corroem o fio elétrico da tortura
Geram o amor e as esperas,
Mãos polindo a flor
E o poema de combate.
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